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Música do blog

quarta-feira, 9 de março de 2016

UGANGA

Vinte anos de estrada, quatro álbuns de estúdio, um álbum ao vivo e duas turnês européias. Esses números seriam suficientes para creditarmos ao Uganga o título de uma das bandas de thrashcore mais importantes do país. Mas não são por causa de números ou adjetivos que o Uganga está na estrada. A única coisa que importa para esses mineiros é a música. Manu, Christian, Thiago, Raphael e Marco encaram o Uganga como uma família. Não a toa eles mantêm a mesma formação por mais de 10 anos. Entre acontecimentos bons ou ruins, a banda segue íntegra e agora apresentam seu novo álbum de estúdio: “Opressor”. Integridade artística, técnica, profissional, pessoal e espiritual. “Opressor” é o Uganga em sua maioridade musical. Reflexo de experiência vivida, erros e acertos, sonhos e desilusões. Com “Opressor”, o Uganga é tão sincero quanto o amor e o ódio. E a escolha é sua! “Opressor” foi gravado no estúdio Rocklab em Goiânia/GO e produzido por Gustavo Vazquez, que entendeu como ninguém o espírito e proposta do Uganga: misturar thrash metal com hardcore independentemente de quaisquer amarras estilísticas, filosóficas ou conceituais. "Já faz algum tempo que temos produzido nossos discos com profissionais experientes”, conta o vocalista Manu Joker. “Para Opressor escolhemos o Gustavo Vasquez, que além de conhecer tudo em termos de timbres, captação e mixagem, nos deu excelentes ideias de arranjos. Conseguimos captar o som da banda ao vivo sem todas essas digitalizações e maquiagens que podemos ouvir em várias produções atuais. Buscamos algo mais analógico e cru. Acho que a banda deu vários passos à frente com esse disco”. “Guerra” abre o álbum com a urgência inerente à música do Uganga. “O Campo” foi inspirada na visita que a banda fez aos campos de concentração em Auschwitz, na Polônia, durante sua primeira turnê européia em 2010. A intensidade prevalece na faixa título – que traz inspiração nas bandas pesadas dos anos 90 –, enquanto que “Moleque de Pedra” traz o hardcore à tona, destacando a participação de Juarez Tibanha (Scourge, ex-Cirrhosis). “Casa” é o arquétipo do thrashcore feito pelo Uganga, já “Modus Vivendi” foi criada numa jam com todo o grupo reunido e novamente traz muito da sonoridade característica do rock/metal feito nos anos 90. “Nas Entranhas do Sol” fala sobre experiências extrassensoriais com uma letra de uma ambiguidade sem igual, sinistra e devocional. Ao se basear pelo riff inicial, “Aos Pés da Grande Árvore” poderia estar em “Rotting” do Sarcófago, mas ao entrar os marcantes coros fica claro que essa ideia não ultrapassa as referências subconscientes ao passado de Manu Joker. O disco fecha com o experimentalismo de “Guerreiro”, cuja letra é basicamente um poema musicado e de conteúdo muito significativo. “Opressor” ainda reúne uma versão para "Who Are The True?" do Vulcano que, de acordo com Joker, conecta-se diretamente com o universo do Uganga. "A música tem a ver com a nossa pegada que mistura o old school com o groove dos anos 90, e tem uma letra bem legal. O metal sempre teve uns coxinhas de nariz em pé julgando todo mundo em nome do que é certo ou errado. Acho isso um grande papo furado!” "Who Are The True?" ainda conta com as participações especiais de Murillo Leite do Genocídio e de Ralf Klein, guitarrista da veterana banda alemã Macbeth. Assim como nos discos anteriores do Uganga, o título “Opressor” surgiu antes de qualquer música estar pronta e norteou todo o conteúdo do álbum. "O título é uma observação do mundo contemporâneo", explica em tom urgente o vocalista. "Não estamos tratando apenas de política, guerras, ou seja o que for. A abordagem é ampla. Em meu ponto de vista, o ser humano está degradado, tornando-se mais fútil a cada dia. Eu, você, nós estamos todos no mesmo barco. As milhares de formas de opressão, drogas, vício, ego, corrupção, violência, fome, as falsas verdades que não param de cair por terra, toda essa merda serviu de inspiração. Gosto de buscar algo positivo em tudo que escrevo, mesmo nos temas mais obscuros, e com certeza esse álbum tem temas bem pesados." Assinada por Beto Andrade, a capa de "Opressor" sintetiza as letras e título do álbum. "A capa representa uma entidade imaginária, o Opressor", explica Manu. "Podemos defini-lo como um espelho das nossas fraquezas, alimentado pelos vícios e atrasos do ser humano. Na figura, alguns desses elementos são mostrados como ganância, drogas, guerras, sexo, etc." A banda filmou dois videoclipes para “Opressor”: “Guerra” e “Casa”. Ambos foram dirigidos por Eddie Shumway e trazem imagens filmadas na Polônia, Eslovênia, Hungria, Suíça, França, Áustria e Itália durante a segunda turnê européia realizada pelo Uganga em 2013. “Opressor” foi lançado no Brasil pela Sapólio Rádio - mesma gravadora que lançou “Eurocaos Ao Vivo” em 2013 – com distribuição da Voice Music e Hellion Records. "Opressor" foi eleito "Melhor Álbum Nacional de Rock de 2014" pelos leitores do Heavynroll. Em resenhas publicadas, "Opressor" tem recebido declarações como: "Bombástico" (Roadie Crew); "Avassalador" (Musikkaos); "Elite do Thrashcore nacional" (Som Extremo); "Merece estar cada vez mais no topo do metal nacional" (Mondo Metal); "Melhor trabalho não somente da banda, mas do gênero no Brasil" (Outro Indie). Em Abril de 2015 o Uganga estreou nova formação no show de abertura para o Coroner no Clash em São Paulo. A banda passou a ter três guitarristas com a entrada de Maurício "Murcego" Pergentino. Essa formação tem sido bem recebida nos shows desde então. O ano de 2016 começou com um explosivo show ao lado do Exodus em Curitiba, apresentações com o Terrordome e o anuncio do lançamento europeu de “Opressor” (pela Defense Records da Polônia). O Uganga ainda prepara-se para o lançamento de um DVD que celebra os 20 anos de carreira e em breve entra em estúdio para registrar material novo.